sexta-feira, 31 de maio de 2013

PERCEPÇÃO DOS ESPAÇOS NEGATIVOS

Para se obter uma boa composição com proporções corretas deve-se dar a devida atenção aos espaços negativos.
As formas geradas pelas linhas do desenho são chamadas formas positivas, já os espaços gerados entre essas formas positivas são chamados espaços negativos.
Este espaço formado ao redor do objeto também deve ser visto como uma forma positiva e desenhado adequadamente.

Repare nos espaços negativos gerados pela forma de uma cadeira, por exemplo, e desenhe-os. Isso facilitará inclusive a posicionar a forma positiva gerada pelas linhas que compõem a própria cadeira.
Se você estiver copiando seu desenho a partir de uma fotografia, uma boa dica é pintar os espaços negativos gerados por essa imagem com uma cor bem forte, para facilitar a sua percepção, a fim de desenhá-los adequadamente.

A forma dos espaços negativos é totalmente bidimensional e não tem nenhum significado simbólico armazenado no nosso cérebro com relação a ela, por esse motivo facilita muito a percepção do artista, além de ajudar a criar composições equilibradas e bem resolvidas, principalmente na hora de desenhar objetos mais complexos ou pequenos.
Lembrem-se sempre que toda vez que sentirem dificuldade de desenhar alguma forma positiva, desenhe o espaço negativo em volta dela, assim, você já estará desenhando a própria forma, só que de uma maneira mais fácil de percebê-la.
Espero que aproveitem muito e até a próxima dica!!!!

quinta-feira, 30 de maio de 2013

PERSPECTIVA TONAL

Além da perspectiva linear já dita anteriormente, outro recurso para a criação de planos no desenho é a perspectiva tonal.
Enquanto a primeira refere-se à linhas inclinadas que dão a sensação de profundidade, a perspectiva tonal relaciona-se a uma variação de tons utilizados para o mesmo fim.
Assim como numa paisagem real, as coisas mais próximas que você enxerga parecem mais nítidas e com cores mais vibrantes, já as coisas mais distantes parecem mais borradas e possuem cores menos intensas.

Desse modo, em tudo o que está mais distante há menos contraste de tons e cores. Isso significa dizer que, ao desenhar você deve dar ênfase ao que está na frente, utilizando cores mais fortes, preocupando-se em reproduzir os detalhes, enfatizando o contraste de tons e cores e desenhando as coisas com mais capricho.
Já o que está atrás, para dar o efeito de distância não devemos enfatizar os contrastes e tampouco nos preocuparmos com os detalhes. Pois, como numa paisagem real, nosso olho é incapaz de enxergar detalhes de algo que está distante e você deve proceder da mesma forma no seu desenho/pintura para que ele tenha um carácter mais realista. A medida que as coisas estão distantes, os tons parecem mais acinzentados e não tem muito contraste entre luz e sombra.

Com o desenho de detalhes,  com cores mais vibrantes e tons de luz e sombra mais contrastantes nas coisas que estiverem à frente, junto com a perspectiva linear, o desenho adquire volume, profundidade e sensação de espaço tridimensional.
Não se esqueça, realce apenas o que está em primeiro plano e apenas insinue o que está atrás, assim você criará uma sensação de realidade ao seu desenho.
A perspectiva tonal ajuda a percebermos mais facilmente a profundidade da imagem.
Na próxima dica, abordaremos sobre a percepção dos espaços que é uma das modalidades básicas do desenho e pintura importantíssima para se criar um desenho de qualidade. Até amanhã!!!!

quarta-feira, 29 de maio de 2013

PERSPECTIVA LINEAR E TONAL

A perspectiva pode ser alcançada com base no direcionamento das linhas (perspectiva linear) e com relação aos tons do grafite ou tinta (perspectiva tonal).
A perspectiva é muito importante para um bom desenho, pois é ela quem confere a ilusão de espaço tridimensional.
A perspectiva aqui abordada será aquela alcançada por meio da visualização.
Primeiro avalia-se visualmente os ângulos em relação às linhas vertical e horizontal e, em seguida, afere-se as proporções entre si, utilizando-se para isso a sua unidade básica de medida, dita anteriormente.

A perspectiva linear se dá quando todas as linhas correm paralelamente em direção a um único ponto na linha do horizonte chamado PONTO DE FUGA. Este ponto de fuga coincide com o nível dos olhos do observador e as formas vão diminuindo a medida que aumenta a distância do observador. Desse modo, as partes mais distantes da imagem parecem menores, enquanto as mais próximas parecem maiores.
As regras da perspectiva formal, se seguidas rigorosamente, podem gerar desenhos duros, parecendo muito mais desenhos técnicos do que artísticos.
Já a perspectiva informal, aquela aferida por visualização, é muito mais interessante e gera desenhos ricos, artísticos e muito mais interessantes.
Com aquele sistema de medir segurando o lápis com o braço esticado, vá medindo tudo, procurando descobrir a medida da altura com relação a largura e descobrindo os ângulos em relação as linhas vertical e horizontal.

E lembrem-se: as linhas paralelas é que convergem para o horizonte (ponto de fuga), já as linhas verticais são sempre constantes.
Embora o seu desenho seja menor do que a imagem real, a relação entre altura e largura deve ser a mesma. Assim, ainda que seu desenho seja menor ele estará na mesma proporção.
Ao fazer seu desenho de observação lembre-se de prestar atenção não apenas nas linhas que compõem o desenho, que são as formas positivas, mas também desenhe os espaços negativos, que são os espaços vazios formados entre as formas positivas.
Os espaços negativos são muito úteis principalmente na hora de desenhar coisas pequenas.
Uma vez que você tenha concluído seu desenho de observação medindo tudo com seu lápis para que ele tenha a mesma proporção que a imagem real, você deverá partir para a observação das LUZES E SOMBRAS e, assim, estaremos entrando no campo da PERSPECTIVA TONAL (assunto da próxima dica).
Espero que tenham gostado e lembrem-se que se tiverem alguma dúvida deixem seu comentário que eu terei prazer em ajudá-los!!!! Até mais!

terça-feira, 28 de maio de 2013

Aferição de ângulos

Para se aferir os ângulos de uma imagem, utiliza-se os eixos centrais vertical e horizontal. Conforme já dito anteriormente, isso nada mais é do que uma linha central vertical e outra linha central horizontal postas, na sua folha ou tela, de modo que elas se cruzem no centro formando uma cruz que divide sua folha/tela em 4 retângulos de tamanho igual.
A avaliação dos ângulos pode ser feita visualmente em relação à essas linhas que são as mesmas linhas que você utiliza para aferir as proporções.

Vale lembrar que na aferição das proporções além de fazer as comparações baseadas nessas linhas centrais, você deve escolher um pedaço da imagem que vai desenhar para servir de medida de comparação com relação as demais partes do desenho. Esse pedaço que você escolheu para servir de parâmetro de medida é chamado unidade básica e serve para você comparar esta parte com as demais partes do desenho. Por exemplo, se estou desenhando um rosto de observação, posso escolher o nariz para ser a minha unidade básica de comparação. Assim, meço esse nariz, com a técnica do lápis com o braço esticado e comparo quantos narizes preciso para encontrar a altura correta da cabeça, ou quantos narizes cabem na largura do rosto. Assim, posiciono no lugar correto com base nas linhas centrais vertical e horizontal desenhadas no meu papel/tela.
Assim, lembrem-se sempre que na visualização de ângulos você deve compara-los sempre em relação às linhas vertical e horizontal e na visualização das proporções, além dessas linhas, utilizamos a nossa unidade básica para servir de medida de comparação.
Na próxima dica falaremos de perspectiva linear e tonal. Aproveitem!!!!

segunda-feira, 27 de maio de 2013

EIXOS CENTRAIS

Para ajudar a encontrar tamanho e largura corretos do desenho podemos utilizar os eixos centrais que nada mais são do que uma linha central vertical e uma linha central horizontal.
Embora especialmente utilizadas para desenhar objetos simétricos, podemos aplicar essa método para desenhar qualquer coisa. Traçando essas linhas em cima do desenho facilita muito a descoberta de seu tamanho real e facilita também para detectar se o desenho está simétrico ou com um lado maior que o outro.
Quando você for desenhar cilindros, cubos, esferas, garrafas, copos, etc., sempre trace uma linha reta no centro do objeto para comparar se os dois lados estão de igual tamanho, corrigindo se estiverem diferentes.
Já a linha reta horizontal facilita muito na hora de encontrar a largura correta do objeto, sem contar que ajuda a dividir o objeto em partes menores, facilitando o processo de comparação. Uma vez dividido por essas linhas centrais, basta comparar os dois lados e corrigir o que estiver desproporcionalmente mais largo ou mais alto.
Qualquer dúvida, deixem seu comentário!!!! Até a próxima dica!!!!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Proporção

Para se saber a proporção do que vai ser desenhado precisamos usar o método de comparações. Se estiver fazendo um desenho de observação ou copiando a imagem de alguma outra fonte use o seu próprio lápis para medir.

Para se obter a proporção correta do que se vai desenhar basta comparar a altura da figura com a sua largura, medindo com seu próprio lápis. Com o braço totalmente esticado posicione o seu lápis alinhado- o ao seu olho e ao objeto a sua frente, de modo que fique olho, lápis e objeto todos alinhados no seu campo de visão. Posicione seu polegar no lápis para medir a altura do objeto que você está observando, e não tire o dedo do lugar para não perder a medida, registre essa medida no seu papel. Faça o mesmo com relação a largura da figura, meça com seu dedo no lápis e registre na sua folha, assim, você poderá aumentar o tamanho da imagem aumentando essas medidas de altura e largura quantas vezes quiser sem perder a correta proporção.

A proporção existe não apenas na figura geral, existe proporção no corpo, no rosto e em tudo o que contenha uma altura e largura. Um rosto desenhado com as proporções erradas fica caricaturado. Se esta for a intenção do artista não há problema, mas se a pessoas ainda é um aprendiz, melhor aprender o correto para depois distorcer propositalmente sabendo o que está fazendo. Do contrário, pode acabar se acostumando a enxergar errado, virando um vício difícil de ser corrigido.
Mais a frente, entrarei novamente neste campo das proporções quando eu der dicas sobre como desenhar o rosto e o corpo humanos.
Por hoje é só, e até a próxima dica!!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

POSICIONANDO OS ELEMENTOS DENTRO DO FORMATO

Levando-se em conta o formato do papel e da tela, vale lembrar que o seu formato retângular é tão equilibrado quanto o quadrado, sem ser tão regular. Por esse motivo é o formato preferido e mais fácil de organizar os elementos da composição.
A parte central da folha/tela é considerada a parte mais equilibrada, a parte inferior é dada como pesada e a parte superior é considerada leve. Assim, a menos que sua intenção seja criar uma leveza, distribua os elementos principais na parte média do formato, do contrário, criará uma composição flutuando no espaço.
Prestem bastante atenção ao modo como se organiza a composição dentro do formato, pois uma composição desequilibrada é facilmente captada pelo olho humano. Um quadro mal estruturado gera uma espécie de agressão visual e muitas vezes não gostamos de um quadro sem nem mesmo sabermos porque, justamente devido a composição mal estruturada. Quem desenha a partir de fotografias corre menos risco de cometer esses erros, já que, geralmente o fotógrafo é um profissional habilitado, que certamente concluiu cursos de fotografia e estas regras da estrutura da composição certamente são ensinadas e aprendidas por eles, justamente porque elas fazem parte dos Princípios Básicos das Artes Visuais.
Aproveitem e até a próxima dica!!!!

quarta-feira, 22 de maio de 2013

INTERPRETANDO AS FORMAS GEOMÉTRICAS

A  forma geométrica gerada pelos elementos que formam a composição é a estrutura da composição também conhecida por esqueleto estrutural.
A estrutura da composição em forma de triângulo é considerada dinâmica e estável se o triângulo estiver apoiado sobre um dos seus lados.
Por outro lado, o triângulo é considerado instável quando de cabeça para baixo. Porém, com o artifício das linhas verticais e horizontais dentro de uma composição deste tipo, consegue-se atingir o equilíbrio.
Uma composição de estrutura quadrada ou retângular é estável e segura, porém não é dinâmica e dá a idéia de rigidez e imobilidade.
O Círculo, por sua vez, embora redondo, é considerado estável, mas a forma oval é a mais utilizada.
Por fim, a forma de 8 é considerada a estrutura mais expressiva, transmitindo calma quando as curvas são amplas, porém podendo transmitir conturbação se  as curvas forem bem fechadas.
Tenham isto em mente ao elaborarem suas composições, adequando os elementos de modo que formem uma estrutura geométrica de acordo com a sua intenção. Pois, se vocês intencionam transmitir dinamismo, por exemplo, não conseguiriam atingir este objetivo, de maneira alguma, se a estrutura formada pelos elementos da composição for quadrada. Pensem nisso e elaborem composições bem estruturadas.
Até a próxima dica!

terça-feira, 21 de maio de 2013

AULA INAUGURAL : os fundamentos básicos da arte visual



A linguagem visual é constituída de alguns elementos básicos que formam a própria linguagem. Isso significa dizer que, para se fazer um desenho ou pintura com um mínimo de qualidade se faz necessário alguns conhecimentos básicos que constituem os FUNDAMENTOS BÁSICOS DO DESENHO/ PINTURA.

O fundamentos básicos são os seguintes:
1º Composição (Estrutura formada pela imagem dentro do papel ou Tela):
2º Proporção, eixos e ângulos;
3º Perspectivas linear e tonal;
4º Espaços Negativos;
5º Luz e Sombra;
6º Valor linear e Expressões Lineares.

A partir deste momento explicarei cada um deles para que possam entender e praticar.

Composição: Uma boa composição deve ser montada levando-se em conta o Esqueleto Estrutural. Esqueleto estrutural é a forma geométrica gerada pela distribuição da imagem na tela ou no papel.
Como exemplo podemos citar 3 figuras de pessoas dispostas de modo que formem um triângulo. A figura da pessoa colocada no centro e mais a  frente de outras duas outras pessoas colocadas um pouco mais atrás, ( uma á esquerda e outra à direita) gera uma composição de formato triangular. Ex.:

 2      3
     1 (Figura central)

Os números 1, 2 e 3 dispostos desta maneira aparentam um triângulo invertido.
A Estrutura ou esqueleto estrutural formado pela distribuição dos elementos da composição é importantíssima para se elaborar a composição, já que as figuras geométricas são símbolos arquétipos com significado intrínsico, já que considera-se que estão presentes no subconsciente de todas as pessoas e assim, formam uma linguagem identificável pelo observador, ainda que ele não tenha consciência disso.
Assim, uma composição pode ser montada levando-se em conta todas as formas geométricas conhecidas, como o triângulo, o quadrado, o círculo, a oval e inclusive a figura em forma de oito gerando uma composição harmônica e agradável de se ver.

Na próxima aula, farei breves comentários sobre cada uma dessas formas geomátricas e o que elas representam, para que possam escolher uma composição baseados na que mais lhes agradem ou que intencionam transmitir. Espero que gostem! Mas mesmo que não gostem, posso lhes garantir que quando estas aulas chegarem ao fim, estarão desenhando e pintando, pelo menos sabendo o que estão fazendo.